Translate

sábado, 19 de outubro de 2013

QUARTAS MORADAS: O SÍMBOLO DAS DUAS FONTES..



 pequenos presentes. Isso vai te ajudar para seguir adiante.

Uma simboliza a vida  Da alma enquanto Vinculada ao esforço Humano...
A outra, essa mesma vida  Em sua origem divina...
A primeira corresponde à  Vida ascética e à Oração meditativa das Três primeiras moradas.
 A outra, à vida mística E à oração infusa das Moradas quartas e Seguintes...
“Façamos de conta para que o entendamos melhor Que vemos duas fontes com duas pias
Que se enchem de água de Diferentes maneiras:
A uma vêm de longe  Por muitos caminhos e Artifícios...
A outra feita Nos mesmo nascimento Da água e Vai-se enchendo sem nenhum ruído
E se a nascente é caudalosa, Depois de se encher o tanque Surge Um grande arroio...
Sempre está manando  Água dali...É a diferença da que Vêm por caminhos, É a meu parecer os
Contentos, as outras são.
“o que chamo Gostos “que dá Deus”.  Se te decidiste firmemente a Seguir a Jesus vem descansar com Ele. Dentro de ti está, pois o estás buscando com determinação. Também há verdes prados e fontes para descansar e recuperar as forças. Devemos estar preparados para quando chegue o sofrimento na vida. Ele é a água viva!!!!!

Nunca mais terás sede. Como já estas levando uma vida espiritual, é possível que durante um momento de oração ou na vida diária, sem perceber, sintas a sensação de que estás bem, tranquilo, em paz contigo mesmo e com os demais. Deus começa a dar-te

sábado, 13 de julho de 2013

Alma, buscarte has en Mí - Santa Teresa de Jesús / Moxica (CMP 8)

O Caminho espiritual de Teresa


Olhando para o ser humano descobrimos que a pessoa vive ao mesmo tempo fatos exteriores que o ajudam a ir crescendo e fatos interiores, sem sinais visíveis de seu passo, mas que o completam em seu círculo vital. E tão interior e invisível que, às vezes, o próprio interessado morre sem reconhecê-lo e sem saber que o tinha realizado.

Não é o caso de Teresa, que além de conhecer com precisão suas etapas nos transmitiu o relato que o certifica. E graças a isso conhecemos não só as datas importantes de sua vida e os acontecimentos exteriores, mas também conhecemos seu próprio itinerário espiritual.

Itinerário que começa no lar,  guiada pelos exemplos e a piedade sincera e simples de seus pais que fundamentam toda sua vida, o que ela chama a “verdade de quando menina”, que não é outra coisa senão o descobrimento do fugaz e relativo desta vida, frente ao transcendente e eterno de Deus.

Algo vai movê-la a buscar o martírio ingenuamente, fugindo de casa, ou a construir ermidas no horto paterno, enquanto repete com seu irmão insistentemente aquilo de “Para sempre, sempre, sempre”. Movimento que culmina com o recurso à Virgem pedindo que seja sua mãe, quando morre Dona Beatriz.

Logo virá um tempo de esfriamento espiritual, absorvida pelo afã de comprazer e deslumbrar com seus dotes femininos a seus primos, da qual sai, à força e sem muita vontade de mãos de seu pai que a ingressa nas Agostinianas.

Será nesse convento da Agostinianas contando 17 anos, onde renasce “a verdade de quando menina”, e sua primeira inquietude vocacional, ao contato com as religiosas. Inquietude que aviva com a leitura de livros piedosos e entre eles as cartas de São Jerônimo, fazendo com que tomasse a decisão de entrar carmelita na Encarnação de Ávila, onde viverá feliz 27 anos. Primeiro cheios de fervor, depois o ingresso e a profissão e de exemplo no padecer em que desemboca a primeira enfermidade séria onde fica tolhida por três anos.

Durantes os mesmos vai se recuperando graças a São José. Inicia ao mesmo tempo uma certa “frieza” espiritual, onde quer unir sua entrega à oração, amizade com o Senhor, que chega a abandonar, com o cultivo das amizades. A leitura das Confissões de Santo Agostinho e o encontro inesperado com uma imagem de Cristo, na Quaresma de 1554, propiciam o que conhecemos como sua conversão e entrega, já sem retrocessos a uma vida espiritual intensíssima, incentivada por diferentes graças místicas, visões imaginárias, intelectuais, e alocuções com que o Senhor a regala e instrui, enquanto recorre aos doutores e espirituais que vão ajudá-la a clarear seu caminho.
Uma das visões, será no outono de 1560, a visão do inferno, em que experimenta os padecimentos do lugar que teria correspondido a seus pecados se não tivesse se convertido. Graça que a motiva o querer ser mais fiel ao “chamamento” recebido à vida religiosa, e de onde surge a criação de um convento com novo estilo de servir a Deus, e viver a fraternidade, que será o convento de São José.

A profundidade espiritual com que vive naqueles cinco anos de sossego, entregada à contemplação, fazem crescer até limites inimagináveis suas ânsias de ajudar a Igreja e de salvar almas, e como a oração deve desembocar em obras, entra de cheio a fundar Mosteiros, segundo o padrão do convento de Ávila.

Um parênteses nesta tarefa que lhe impõe a obediência no priorado da Encarnação, e sob a guia de Frei João da Cruz, facilitam o momento cume de sua vida espiritual recebendo a graça suprema do matrimônio Espiritual, que coroa sempre o caminho espiritual de quem se entrega de verdade e todo a Deus, conforme ensina a própria santa em sua obra principal: As Moradas ou Castelo Interior.