EXPERIÊNCIA COMUNITÁRIA DA FÉ NA TRILHA DE SANTA TERESA DE JESUS E À LUZ DO DOCUMENTO DE APARECIDA
Luciano Dídimo
1- Experiência
comunitária da fé
A palavra “comunidade” tem origem no
termo latim communitas. O conceito
refere-se à qualidade daquilo que é comum.
Em biologia, comunidade é o conjunto
de todos os organismos vivos, de todos os tipos, que habitam um mesmo
ecossistema. Na sociologia, comunidade é um conjunto de
pessoas que se organizam sob o mesmo conjunto de normas, geralmente vivem no
mesmo local, sob o mesmo governo ou compartilham do mesmo legado cultural e
histórico. Politicamente, a comunidade é um grupo de países que se associam
para atingir determinados objetivos comuns, como por exemplo, a União Europeia.
Existem, ainda, comunidades virtuais, constituídas por pessoas com
interesses e objetivos semelhantes e ligações em comum, mas que se relacionam apenas
virtualmente através das tecnologias da
informação, como as
comunidades existentes nas redes sociais da internet.
A comunidade em sentido religioso é
formada por pessoas que partilham da mesma crença e pode ter várias amplitudes,
como comunidade dos cristãos, comunidade dos católicos, comunidade carmelitana,
comunidade carmelitana secular, até chegar às comunidades locais da OCDS, das
quais participamos.
A palavra “experiência” significa
prática, vivência.
A palavra “fé” significa crença,
convicção.
Dessa forma o termo “experiência comunitária
da fé” significa a prática, a vivência em comum daquilo que cremos, que
acreditamos, que temos convicção de que é verdade.
Assim, o carmelita secular praticará
sua fé comunitariamente.
O Documento Ratio Institutionis para
a Ordem Secular nos conceitua a comunidade carmelita secular:
24. A comunidade
secular do Carmelo é uma associação de fiéis de Cristo, inspirada pelo ideal da
Igreja Primitiva onde “tinham um só coração e uma só alma” (At. 4,32). Seus
membros são animados pela espiritualidade do Carmelo Descalço.
25. A comunidade
secular expressa o mistério da Igreja-Comunhão. E de fato, ele provém da
comunhão entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, de quem ela se alimenta. Ela
toma parte na missão da Igreja, missão de convidar a todos para comunhão entre
o Pai, o Filho e o Espírito Santo (LG 1,19).
2 – Na
trilha de Santa Teresa de Jesus
Em comunidade, vamos viver a nossa
fé seguindo um caminho especial: sendo carmelitas. Existem muitos caminhos que
nos levam a Jesus. Santa Teresa de Jesus nos mostra um desses caminhos. Ela nos
mostra um carisma a ser vivido.
O carisma de Santa Teresa é mais um
entre tantos outros carismas da nossa Igreja Católica. No Catecismo da Igreja
Católica encontramos o significado e a finalidade dos carismas para a Igreja:
§799 Quer
extraordinários quer simples e humildes, os carismas são graças do Espírito
Santo que, direta ou indiretamente, têm urna utilidade eclesial, pois são
ordenados à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo.
§800 Os carismas
devem ser acolhidos com reconhecimento por aquele que os recebe, mas também por
todos os membros da Igreja, pois são uma maravilhosa riqueza de graça para a
vitalidade apostólica e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, contanto
que se trate de dons que provenham verdadeiramente do Espírito Santo e que
sejam exercidos de maneira plenamente conforme aos impulsos autênticos deste
mesmo Espírito, isto é, segundo a caridade, verdadeira medida dos carismas.
Assim, os membros da Ordem dos
Carmelitas Descalços Seculares devem viver comunitariamente a fé cristã segundo
o carisma Teresiano, ou seja, segundo o espírito de Santa Teresa.
O Documento final do Definitório
Geral Extraordinário realizado em Ariccia de 0 5 a 12/09/2011, intitulado “Como
devemos ser? Comunidades teresianas para a Igreja e o mundo de hoje” conclui
que devemos “constituir comunidades teresianas que sejam lugares de autêntico
crescimento humano e espiritual e de irradiação da verdade e beleza nelas
experimentadas. (...)
Naturalmente, a comunidade em sentido teresiano significa algo bem específico.
É um modo de ser, que requer profunda re-orientação da pessoa no triplo sentido
indicado por Teresa, a saber, no amor fraterno, no desapego do mundo
e na humildade. Sem isso não existe comunidade em sentido teresiano.” A
poesia abaixo sintetiza todo o conteúdo do documento:
A
comunidade teresiana
deve
viver seu carisma
no
mundo atual
Deve
viver o amor,
a
verdadeira humildade
e
o desapego total
Deve
ser um lugar
de
autêntico crescimento
humano
e espiritual
Deve
ser um lugar
que
obtenha fruto
experiencial
E
que irradie
a
beleza e a verdade
como
meta final
Luciano
Dídimo
2.1. A comunidade teresiana deve
viver seu carisma no mundo atual
Devemos viver o carisma teresiano de
acordo com a realidade atual e não como se estivéssemos há cem, duzentos ou
quinhentos anos atrás. É por isso que a Ordem nos dá subsídios através de
cartas, documentos e constituições que periodicamente vão sendo atualizados
para que a vivência do carisma seja adaptada à mudança dos tempos. O carisma é
e continuará sendo sempre o mesmo. A forma de vivenciá-lo é que vai sendo
modificada.
Dessa forma, o carmelita secular não
poderá, por exemplo, viver o seu carisma segundo as Normas de Vida, de 1979,
porque tal documento foi substituído pelas Constituições da OCDS no ano de
2003.
2.2. Deve viver o amor, a verdadeira
humildade e o desapego total
Os três pontos fundamentais do
carisma teresiano são exatamente estes: amor fraterno, humildade e desapego,
conforme escrito pela própria santa em seu livro Caminho de Perfeição:
“A primeira é o
amor de uns para com os outros; a segunda, o desapego de todo o criado; a
terceira, a verdadeira humildade - que, embora tratada por último, é a
principal, abarcando todas” (C 4,4).
Assim nossas Constituições OCDS
ressaltam a importância desses pontos para a oração e para a vida espiritual da
Ordem Secular:
7. A origem do
Carmelo Descalço se encontra na pessoa de Santa Teresa de Jesus. Ela viveu uma
profunda fé na misericórdia de Deus, que a fortaleceu para perseverar na
oração, humildade, amor fraterno e amor pela Igreja, que a conduziu à graça do
matrimônio espiritual. Sua abnegação evangélica, sua disposição ao serviço e
sua constância na prática das virtudes são um guia cotidiano para viver a vida
espiritual. Seus ensinamentos sobre a oração e a vida espiritual são essenciais
para a formação e a vida da Ordem Secular.
2.2.1
. Amor fraterno
A vida fraterna é inspirada primeiramente
na Regra de Santo Alberto, conforme explica a Ratio para a OCDS em seu art. 26:
26. A vida
fraterna, inicialmente, se inspira na regra “primitiva” dos Irmãos da Bem
Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo dada por Santo Alberto, patriarca de
Jerusalém e confirmada por Inocêncio IV. Fieis aos ensinamentos de Nossa Santa
Madre Teresa, os membros são conscientes de que seu compromisso não pode ser
levado sozinho; a sua vida fraterna é um lugar privilegiado onde eles se
aprofundam, se formam e amadurecem.
A poesia abaixo vai nos apontar a
fraternidade como um dos pontos presentes na Regra que deve ser observado na
caminhada em comunidade:
A
Regra do Carmo
A Regra do Carmo
é um dos caminhos
que nos leva a Jesus,
nosso Salvador.
Nessa caminhada
seguimos Elias
e Nossa Senhora,
exemplos de Amor.
Buscamos o alvo
pela meditação,
silêncio, trabalho
e fraternidade.
Somos carmelitas,
vivemos a Regra,
subimos o Monte
em comunidade.
Luciano Dídimo
O Estatuto Particular da Província
São José da OCDS nos orienta como deve acontecer a vida fraterna em nossas
comunidades:
21. Unidos ao
Deus Trindade pelo amor, os membros da Comunidade também o serão entre si, à
imitação das comunidades cristãs primitivas que viviam como se fossem um só
coração e uma só alma. Para criar e favorecer tal espírito são necessários atos
comuns: os membros da Comunidade devem participar da oração comunitária, onde
escutarão a Palavra de Deus para vivê-la no enriquecimento do diálogo fraterno,
das reuniões, da recreação caracterizada pela alegria e simplicidade. Destes
atos, expressões características do espírito fraterno, ninguém, está
desobrigado. Quem não os puder frequentar, justifique-se com o Presidente, se
possível antes da reunião.
22. O Presidente ou
seu representante manterá contato com aqueles que, por justo motivo, não
comparecerem às reuniões.
23. Os membros
que habitualmente não puderem comparecer às reuniões e atividades formativas, devem pedir, por escrito, ao Conselho da
Comunidade, um afastamento temporário.
24. Os enfermos
deverão ser permanentemente lembrados nas orações da Comunidade, visitados por
seus membros, e incentivados a colocarem este particular período de sofrimento
como fecundo exemplo de fé cristã para todos.
25. Para favorecer
a atuação e o dinamismo da Comunidade, escolher-se-á entre seus membros
coordenadores com a incumbência de dinamizar as seguintes atividades:
orações,
celebrações e animação espiritual;
ação missionária;
pastoral
vocacional;
recreação.
26. Para favorecer
o mútuo conhecimento e incentivar a ajuda mútua e cooperação nas necessidades
aconselha-se organizar a cada ano:
uma reunião de
todas as Comunidades da Província ou de uma região;
um dia de
convivência, de preferência reunindo-se mais de uma Comunidade.
27. Com o fim de
favorecer o espírito da Família Carmelitana – religiosos, religiosas e
seculares – é muito útil que os irmãos se encontrem em circunstâncias
particulares, porque é desejável que participem:
da celebração da
Liturgia das Horas;
da Missa da
Comunidade;
da Salve Regina;
das festas da
Ordem;
da Páscoa, etc...
28. Cada
Comunidade fará celebrar periodicamente Missa nas seguintes intenções:
aniversariantes;
membros e
Assistentes Espirituais da Comunidade falecidos;
falecidos da
Ordem.
2.2.2.
Verdadeira humildade
O Documento Final do Definitório
Geral Extraordinário da Ordem dos Carmelitas Descalços, realizado em Ariccia,
“COMO DEVEMOS SER? – COMUNIDADES TERESIANAS PARA A IGREJA E O MUNDO DE HOJE”
nos explica de forma muito simples e profunda o que é a humildade para Santa
Teresa de Jesus:
A humildade para
Teresa é algo mais do que uma virtude entre as outras. Teresa fala de
“verdadeira humildade” porque a humildade que ela tem em mente é o resultado de
uma experiência cognoscitiva, é a condição característica de quem encontrou a
Verdade, na sua dupla face: a Verdade do Deus Amor e a verdade da própria
humanidade pobre e ferida, mas amada, tanto mais radicalmente porque não há
outra razão desse amor que não seja a bondade de Deus. Neste sentido, humildade
não significa desestima para com o homem, mas ao contrário estrada mestra para
que o homem realize a altíssima vocação a que é chamado. Por isso a humildade é
a condição própria de Jesus Cristo, exprime sua atitude fundamental diante da
existência. Seguir Jesus significa portanto, antes e mais do que qualquer outra coisas,
assumir como própria essa atitude: “Tende em vós, os mesmos sentimentos que
foram de Cristo Jesus” (Fil 2,5), isto é, o seu abaixamento e a sua obediência
para compartilhar da sua exaltação. Trata-se de uma “altíssima humildade”, que
enquanto abaixa e dobra, ao mesmo tempo eleva e restitui dignidade à pessoa. É
por isso que Teresa, quando tem presente a “verdadeira humildade”, concebe-a
como uma virtude soberana, compara-a à “rainha” no jogo de xadrez (C 16,2)
2.2.3.
Desapego total
Desapegar-se das coisas é colocar
Cristo no centro de tudo, Cristo acima de tudo, Cristo à frente de tudo. Assim
nos orientam as Constituições OCDS:
10. Cristo é o
centro da vida e da experiência cristãs. Os membros da Ordem Secular são
chamados a viver as exigências de seu seguimento em comunhão com ele, aceitando
seus ensinamentos e entregando-se a sua pessoa. Seguir Jesus é participar em
sua missão salvífica de proclamar a Boa Nova e de instaurar o Reino de Deus (Mt
4,18-19). Há diversos modos de seguir Jesus: todos os cristãos devem segui-lo,
fazer dEle a norma de sua vida e estar dispostos a cumprir três exigências
fundamentais: colocar os vínculos familiares abaixo dos interesses do Reino e
da pessoa de Jesus (Mt 10,37-39; Lc 14,25-26); viver o desapego das riquezas
para demonstrar que a chegada do Reino não se apoia em meios humanos e sim na
força de Deus e na disponibilidade da pessoa humana diante dEle (Lc 14,33);
levar a cruz da aceitação da vontade de Deus manifestada na missão que Ele
confia a cada um (Lc 14,27[1]; 9,23).
2.3. Deve ser um lugar de autêntico
crescimento humano e espiritual
O meio que a comunidade nos oferece
para crescermos humanamente e espiritualmente é através da formação, conforme
Constituições OCDS:
34. A formação
teresiano-sãojoanista, tanto inicial como permanente, ajuda a desenvolver no
Secular uma maturidade humana, cristã e espiritual para o serviço da Igreja. Na
formação humana desenvolvem a capacidade do diálogo interpessoal, o respeito
mútuo, a tolerância, a possibilidade de serem corrigidos e de corrigirem com
serenidade e a capacidade de perseverar nos compromissos assumidos.
(C, 19). O estudo e a leitura espiritual da
Escritura e dos escritos de nossos Santos, especialmente dos que são Doutores
da Igreja – Santa Teresa, São João da Cruz e Santa Teresa do Menino Jesus –,
ocupam um lugar privilegiado para alimentar a vida de oração do Secular. Os
documentos da Igreja são também alimento e inspiração para o compromisso do
seguimento de Jesus.
Por isso o plano de formação da
nossa Província São José OCDS aborda quatro dimensões: espiritual, carmelitana,
doutrinal e humana.
2.4. Deve ser um lugar que obtenha
fruto experiencial
Nossas comunidades devem ser lugares
não apenas para receber aulas teóricas ou históricas sobre o carisma
carmelitano, mas lugares de verdadeira prática e vivência desse carisma. Devem
ser lugares onde aconteça essa experiência que transforma vidas, que confirma
vocações e que nos movem a dar testemunho, a evangelizar, ao apostolado, enfim,
à missão. Assim está em nossas Constituições OCDS:
(C, 27). O Carmelita Secular está chamado a viver e
testemunhar o carisma do Carmelo Teresiano na Igreja particular, parte do povo
de Deus na qual se faz presente e atua a Igreja de Cristo. Cada um procure ser
testemunho vivo da presença de Deus e se responsabilize pela necessidade de
ajudar a Igreja na pastoral de conjunto, em sua missão evangelizadora, sob a
direção do bispo. Por esta razão, cada um tem um apostolado, seja em
colaboração com outros na comunidade, seja individualmente.
(C, Epílogo) Como Seculares, filhos e filhas de Teresa
de Jesus e João da Cruz, estão chamados a “ser perante o mundo testemunhas da
ressurreição e vida do Senhor Jesus e sinal do Deus vivo”, mediante uma vida de
oração, de um serviço evangelizador e por meio do testemunho de uma comunidade
cristã e carmelitana.
2.5. E que irradie a beleza e a verdade
como meta final
Irradiar a beleza e a verdade nada
mais é do que um transbordamento de tudo o que foi vivenciado em comunidade. O
amor fraterno, o desapego, a humildade, a formação humana e espiritual, a
experiência adquirida, tudo isso será utilizado para o anúncio do Evangelho
através de um apostolado individual ou comunitário, servindo à Igreja, servindo
à Ordem e servindo à humanidade. Essa é a missão do carmelita secular, conforme
Constituições OCDS e Estatuto Particular da Província São José da OCDS:
(C, 10). Cristo é o centro da vida e da experiência
cristãs. Os membros da Ordem Secular são chamados a viver as exigências de seu
seguimento em comunhão com ele, aceitando seus ensinamentos e entregando-se a
sua pessoa. Seguir Jesus é participar em sua missão salvífica de proclamar a
Boa Nova e de instaurar o Reino de Deus (Mt 4,18-19).
(C, 25). “Os fiéis leigos, precisamente por serem
membros da Igreja, têm por vocação e por missão ser anunciadores do evangelho:
para essa obra foram habilitados e nela empenhados pelos sacramentos da
iniciação cristã e pelos dons do Espírito Santo”. A espiritualidade do Carmelo
desperta no Secular o desejo de um compromisso apostólico maior, ao dar-se
conta de tudo o que implica sua chamada à Ordem. Consciente da necessidade que
tem o mundo do testemunho da presença de Deus, responde ao convite que a Igreja
dirige a todas as associações de fiéis seguidores de Cristo, comprometendo-os
com a sociedade humana por meio de uma participação ativa nas metas apostólicas
de sua missão no horizonte do próprio carisma.
(C, 26). A vocação da Ordem Secular é verdadeiramente
eclesial. A oração e o apostolado, quando são verdadeiros, são inseparáveis. A
observação de Santa Teresa de que o propósito da oração é “o nascimento de boas
obras” recorda à Ordem Secular que as graças recebidas sempre devem ter um
efeito em quem as recebe. Individualmente ou como comunidade, e sobretudo como
membros da Igreja, a atividade apostólica é fruto da oração. Onde seja
possível, e em colaboração com os superiores religiosos e com a devida
autorização dos encarregados, as comunidades participam do apostolado da Ordem.
(EPPSJ, 17). Baseado em nossa Santa Madre Teresa, que
iluminada pela experiência do mistério da Igreja, quis que a nossa oração, vida
fraterna e abnegação evangélica fossem impregnadas de um ideal apostólico, o
Carmelita Secular procurará trabalhar em diversos campos a serviço da Igreja
com as palavras e com as obras, mais com estas do que com aquelas.
3 - À LUZ DO DOCUMENTO DE APARECIDA
Como devemos ser?
|
||
A comunidade teresiana
deve viver seu carisma
no mundo atual
|
COMUNIDADE
|
(DA, 156). A vocação ao discipulado missionário é
convocação à comunhão em sua Igreja. Não há discipulado sem comunhão. Diante
da tentação, muito presente na cultura atual de ser cristãos sem Igreja e das
novas buscas espirituais individualistas, afirmamos que a fé em Jesus Cristo
nos chegou através da comunidade eclesial e ela “nos dá uma família, a
família universal de Deus na Igreja Católica. A fé nos liberta do isolamento
do eu, porque nos conduz à comunhão”.
|
Deve viver o amor,
a verdadeira humildade
e o desapego total
|
VIDA
FRATERNA
|
(DA, 158). Igual às primeiras
comunidades de cristãos, hoje nos reunimos assiduamente para “escutar o
ensinamento dos apóstolos, viver unidos e participar do partir do pão e nas
orações” (At 2,42). A comunhão da Igreja se nutre com o Pão da Palavra de
Deus e com o Pão do Corpo de Cristo.
|
Deve ser um lugar
de autêntico crescimento
humano e espiritual
|
FORMAÇÃO
|
(DA, 212). Para cumprir sua
missão com responsabilidade pessoal, os leigos necessitam de uma sólida
formação doutrinal, pastoral, espiritual e um adequado acompanhamento para
darem testemunho de Cristo e dos valores do reino no âmbito da vida social,
econômica, política e cultural.
|
Deve ser um lugar
que obtenha fruto
experiencial
|
TESTEMUNHO
|
(DA, 159). A Igreja, como
“comunidade de amor” é chamada a refletir a glória do amor de Deus que, é
comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. A Igreja “atrai”
quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se
amarem uns aos outros como Ele nos amou (cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34).
|
E que irradie
a beleza e a verdade
como meta final
|
MISSÃO
|
(DA, 184). A condição do
discípulo brota de Jesus Cristo como de sua fonte pela fé e pelo batismo e
cresce na Igreja, comunidade onde todos os seus membros adquirem igual
dignidade e participam de diversos ministérios e carismas. Deste modo,
realiza-se na Igreja a forma própria e específica de viver a santidade
batismal a serviço do Reino de Deus.
(DA, 211). Os leigos também
são chamados a participar na ação pastoral da Igreja, primeiro com o
testemunho de sua vida e, em segundo lugar, com ações no campo da
evangelização, da vida litúrgica e outras formas de apostolado segundo as
necessidades locais sob a orientação de seus pastores.
|
Luciano Dídimo
|
[i]
Inspirado no texto “COMO DEVEMOS SER? – COMUNIDADES TERESIANAS PARA A IGREJA E
O MUNDO DE HOJE” (Documento Final do Definitório Geral Extraordinário da Ordem
dos Carmelitas Descalços, realizado em Ariccia, de 05 a 12 de setembro de 2011)
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