Translate

quarta-feira, 20 de junho de 2012

EXPERIÊNCIA COMUNITÁRIA DA FÉ NA TRILHA DE SANTA TERESA DE JESUS E À LUZ DO DOCUMENTO DE APARECIDA




EXPERIÊNCIA COMUNITÁRIA DA FÉ NA TRILHA DE SANTA TERESA DE JESUS E À LUZ DO DOCUMENTO DE APARECIDA

Luciano Dídimo

1- Experiência comunitária da fé

A palavra “comunidade” tem origem no termo latim communitas. O conceito refere-se à qualidade daquilo que é comum.
Em biologia, comunidade é o conjunto de todos os organismos vivos, de todos os tipos, que habitam um mesmo ecossistema. Na sociologia, comunidade é um conjunto de pessoas que se organizam sob o mesmo conjunto de normas, geralmente vivem no mesmo local, sob o mesmo governo ou compartilham do mesmo legado cultural e histórico. Politicamente, a comunidade é um grupo de países que se associam para atingir determinados objetivos comuns, como por exemplo, a União Europeia.
Existem, ainda, comunidades virtuais, constituídas por pessoas com interesses e objetivos semelhantes e ligações em comum, mas que se relacionam apenas virtualmente através das tecnologias da informação, como as comunidades existentes nas redes sociais da internet.
A comunidade em sentido religioso é formada por pessoas que partilham da mesma crença e pode ter várias amplitudes, como comunidade dos cristãos, comunidade dos católicos, comunidade carmelitana, comunidade carmelitana secular, até chegar às comunidades locais da OCDS, das quais participamos.
A palavra “experiência” significa prática, vivência.
A palavra “fé” significa crença, convicção.
Dessa forma o termo “experiência comunitária da fé” significa a prática, a vivência em comum daquilo que cremos, que acreditamos, que temos convicção de que é verdade.
Assim, o carmelita secular praticará sua fé comunitariamente.
O Documento Ratio Institutionis para a Ordem Secular nos conceitua a comunidade carmelita secular:

24. A comunidade secular do Carmelo é uma associação de fiéis de Cristo, inspirada pelo ideal da Igreja Primitiva onde “tinham um só coração e uma só alma” (At. 4,32). Seus membros são animados pela espiritualidade do Carmelo Descalço.

25. A comunidade secular expressa o mistério da Igreja-Comunhão. E de fato, ele provém da comunhão entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo, de quem ela se alimenta. Ela toma parte na missão da Igreja, missão de convidar a todos para comunhão entre o Pai, o Filho e o Espírito Santo (LG 1,19).

2 – Na trilha de Santa Teresa de Jesus



Em comunidade, vamos viver a nossa fé seguindo um caminho especial: sendo carmelitas. Existem muitos caminhos que nos levam a Jesus. Santa Teresa de Jesus nos mostra um desses caminhos. Ela nos mostra um carisma a ser vivido.
O carisma de Santa Teresa é mais um entre tantos outros carismas da nossa Igreja Católica. No Catecismo da Igreja Católica encontramos o significado e a finalidade dos carismas para a Igreja:

§799 Quer extraordinários quer simples e humildes, os carismas são graças do Espírito Santo que, direta ou indiretamente, têm urna utilidade eclesial, pois são ordenados à edificação da Igreja, ao bem dos homens e às necessidades do mundo.
§800 Os carismas devem ser acolhidos com reconhecimento por aquele que os recebe, mas também por todos os membros da Igreja, pois são uma maravilhosa riqueza de graça para a vitalidade apostólica e para a santidade de todo o Corpo de Cristo, contanto que se trate de dons que provenham verdadeiramente do Espírito Santo e que sejam exercidos de maneira plenamente conforme aos impulsos autênticos deste mesmo Espírito, isto é, segundo a caridade, verdadeira medida dos carismas.

Assim, os membros da Ordem dos Carmelitas Descalços Seculares devem viver comunitariamente a fé cristã segundo o carisma Teresiano, ou seja, segundo o espírito de Santa Teresa.
O Documento final do Definitório Geral Extraordinário realizado em Ariccia de 0 5 a 12/09/2011, intitulado “Como devemos ser? Comunidades teresianas para a Igreja e o mundo de hoje” conclui que devemos “constituir comunidades teresianas que sejam lugares de autêntico crescimento humano e espiritual e de irradiação da verdade e beleza nelas experimentadas. (...) Naturalmente, a comunidade em sentido teresiano significa algo bem específico. É um modo de ser, que requer profunda re-orientação da pessoa no triplo sentido indicado por Teresa,  a saber, no amor fraterno, no desapego do mundo e na humildade. Sem isso não existe comunidade em sentido teresiano.” A poesia abaixo sintetiza todo o conteúdo do documento:


Como devemos ser?[i]

A comunidade teresiana
deve viver seu carisma
no mundo atual

Deve viver o amor,
a verdadeira humildade
e o desapego total

Deve ser um lugar
de autêntico crescimento
humano e espiritual

Deve ser um lugar
que obtenha fruto
experiencial

E que irradie
a beleza e a verdade
como meta final

                           Luciano Dídimo


2.1. A comunidade teresiana deve viver seu carisma no mundo atual

Devemos viver o carisma teresiano de acordo com a realidade atual e não como se estivéssemos há cem, duzentos ou quinhentos anos atrás. É por isso que a Ordem nos dá subsídios através de cartas, documentos e constituições que periodicamente vão sendo atualizados para que a vivência do carisma seja adaptada à mudança dos tempos. O carisma é e continuará sendo sempre o mesmo. A forma de vivenciá-lo é que vai sendo modificada.
Dessa forma, o carmelita secular não poderá, por exemplo, viver o seu carisma segundo as Normas de Vida, de 1979, porque tal documento foi substituído pelas Constituições da OCDS no ano de 2003.

2.2. Deve viver o amor, a verdadeira humildade e o desapego total

Os três pontos fundamentais do carisma teresiano são exatamente estes: amor fraterno, humildade e desapego, conforme escrito pela própria santa em seu livro Caminho de Perfeição:
“A primeira é o amor de uns para com os outros; a segunda, o desapego de todo o criado; a terceira, a verdadeira humildade - que, embora tratada por último, é a principal, abarcando todas” (C 4,4).

Assim nossas Constituições OCDS ressaltam a importância desses pontos para a oração e para a vida espiritual da Ordem Secular:

7. A origem do Carmelo Descalço se encontra na pessoa de Santa Teresa de Jesus. Ela viveu uma profunda fé na misericórdia de Deus, que a fortaleceu para perseverar na oração, humildade, amor fraterno e amor pela Igreja, que a conduziu à graça do matrimônio espiritual. Sua abnegação evangélica, sua disposição ao serviço e sua constância na prática das virtudes são um guia cotidiano para viver a vida espiritual. Seus ensinamentos sobre a oração e a vida espiritual são essenciais para a formação e a vida da Ordem Secular.

2.2.1 .  Amor fraterno

A vida fraterna é inspirada primeiramente na Regra de Santo Alberto, conforme explica a Ratio para a OCDS em seu art. 26:

26. A vida fraterna, inicialmente, se inspira na regra “primitiva” dos Irmãos da Bem Aventurada Virgem Maria do Monte Carmelo dada por Santo Alberto, patriarca de Jerusalém e confirmada por Inocêncio IV. Fieis aos ensinamentos de Nossa Santa Madre Teresa, os membros são conscientes de que seu compromisso não pode ser levado sozinho; a sua vida fraterna é um lugar privilegiado onde eles se aprofundam, se formam e amadurecem.

A poesia abaixo vai nos apontar a fraternidade como um dos pontos presentes na Regra que deve ser observado na caminhada em comunidade:

A Regra do Carmo

A Regra do Carmo
é um dos caminhos
que nos leva a Jesus,
nosso Salvador.

Nessa caminhada
seguimos Elias
e Nossa Senhora,
exemplos de Amor.

Buscamos o alvo
pela meditação,
silêncio, trabalho
e fraternidade.

Somos carmelitas,
vivemos a Regra,
subimos o Monte
em comunidade.

                       Luciano Dídimo

O Estatuto Particular da Província São José da OCDS nos orienta como deve acontecer a vida fraterna em nossas comunidades:

21. Unidos ao Deus Trindade pelo amor, os membros da Comunidade também o serão entre si, à imitação das comunidades cristãs primitivas que viviam como se fossem um só coração e uma só alma. Para criar e favorecer tal espírito são necessários atos comuns: os membros da Comunidade devem participar da oração comunitária, onde escutarão a Palavra de Deus para vivê-la no enriquecimento do diálogo fraterno, das reuniões, da recreação caracterizada pela alegria e simplicidade. Destes atos, expressões características do espírito fraterno, ninguém, está desobrigado. Quem não os puder frequentar, justifique-se com o Presidente, se possível antes da reunião.

22. O Presidente ou seu representante manterá contato com aqueles que, por justo motivo, não comparecerem às reuniões.

23. Os membros que habitualmente não puderem comparecer às reuniões e atividades formativas,  devem pedir, por escrito, ao Conselho da Comunidade, um afastamento temporário.

24. Os enfermos deverão ser permanentemente lembrados nas orações da Comunidade, visitados por seus membros, e incentivados a colocarem este particular período de sofrimento como fecundo exemplo de fé cristã para todos.

25. Para favorecer a atuação e o dinamismo da Comunidade, escolher-se-á entre seus membros coordenadores com a incumbência de dinamizar as seguintes atividades:
orações, celebrações e animação espiritual;
ação missionária;
pastoral vocacional;
recreação.

26. Para favorecer o mútuo conhecimento e incentivar a ajuda mútua e cooperação nas necessidades aconselha-se organizar a cada ano:
uma reunião de todas as Comunidades da Província ou de uma região;
um dia de convivência, de preferência reunindo-se mais de uma Comunidade.

27. Com o fim de favorecer o espírito da Família Carmelitana – religiosos, religiosas e seculares – é muito útil que os irmãos se encontrem em circunstâncias particulares, porque é desejável que participem:
da celebração da Liturgia das Horas;
da Missa da Comunidade;
da Salve Regina;
das festas da Ordem;
da Páscoa, etc...

28. Cada Comunidade fará celebrar periodicamente Missa nas seguintes intenções:
aniversariantes;
membros e Assistentes Espirituais da Comunidade falecidos;
falecidos da Ordem.

2.2.2. Verdadeira humildade

O Documento Final do Definitório Geral Extraordinário da Ordem dos Carmelitas Descalços, realizado em Ariccia, “COMO DEVEMOS SER? – COMUNIDADES TERESIANAS PARA A IGREJA E O MUNDO DE HOJE” nos explica de forma muito simples e profunda o que é a humildade para Santa Teresa de Jesus:

A humildade para Teresa é algo mais do que uma virtude entre as outras. Teresa fala de “verdadeira humildade” porque a humildade que ela tem em mente é o resultado de uma experiência cognoscitiva, é a condição característica de quem encontrou a Verdade, na sua dupla face: a Verdade do Deus Amor e a verdade da própria humanidade pobre e ferida, mas amada, tanto mais radicalmente porque não há outra razão desse amor que não seja a bondade de Deus. Neste sentido, humildade não significa desestima para com o homem, mas ao contrário estrada mestra para que o homem realize a altíssima vocação a que é chamado. Por isso a humildade é a condição própria de Jesus Cristo, exprime sua atitude fundamental diante da existência. Seguir Jesus significa portanto,  antes e mais do que qualquer outra coisas, assumir como própria essa atitude: “Tende em vós, os mesmos sentimentos que foram de Cristo Jesus” (Fil 2,5), isto é, o seu abaixamento e a sua obediência para compartilhar da sua exaltação. Trata-se de uma “altíssima humildade”, que enquanto abaixa e dobra, ao mesmo tempo eleva e restitui dignidade à pessoa. É por isso que Teresa, quando tem presente a “verdadeira humildade”, concebe-a como uma virtude soberana, compara-a à “rainha” no jogo de xadrez (C 16,2)

2.2.3. Desapego total

Desapegar-se das coisas é colocar Cristo no centro de tudo, Cristo acima de tudo, Cristo à frente de tudo. Assim nos orientam as Constituições OCDS:

10. Cristo é o centro da vida e da experiência cristãs. Os membros da Ordem Secular são chamados a viver as exigências de seu seguimento em comunhão com ele, aceitando seus ensinamentos e entregando-se a sua pessoa. Seguir Jesus é participar em sua missão salvífica de proclamar a Boa Nova e de instaurar o Reino de Deus (Mt 4,18-19). Há diversos modos de seguir Jesus: todos os cristãos devem segui-lo, fazer dEle a norma de sua vida e estar dispostos a cumprir três exigências fundamentais: colocar os vínculos familiares abaixo dos interesses do Reino e da pessoa de Jesus (Mt 10,37-39; Lc 14,25-26); viver o desapego das riquezas para demonstrar que a chegada do Reino não se apoia em meios humanos e sim na força de Deus e na disponibilidade da pessoa humana diante dEle (Lc 14,33); levar a cruz da aceitação da vontade de Deus manifestada na missão que Ele confia a cada um (Lc 14,27[1]; 9,23).

2.3. Deve ser um lugar de autêntico crescimento humano e espiritual

O meio que a comunidade nos oferece para crescermos humanamente e espiritualmente é através da formação, conforme Constituições OCDS:

34. A formação teresiano-sãojoanista, tanto inicial como permanente, ajuda a desenvolver no Secular uma maturidade humana, cristã e espiritual para o serviço da Igreja. Na formação humana desenvolvem a capacidade do diálogo interpessoal, o respeito mútuo, a tolerância, a possibilidade de serem corrigidos e de corrigirem com serenidade e a capacidade de perseverar nos compromissos assumidos.

(C, 19). O estudo e a leitura espiritual da Escritura e dos escritos de nossos Santos, especialmente dos que são Doutores da Igreja – Santa Teresa, São João da Cruz e Santa Teresa do Menino Jesus –, ocupam um lugar privilegiado para alimentar a vida de oração do Secular. Os documentos da Igreja são também alimento e inspiração para o compromisso do seguimento de Jesus.


Por isso o plano de formação da nossa Província São José OCDS aborda quatro dimensões: espiritual, carmelitana, doutrinal e humana.

2.4. Deve ser um lugar que obtenha fruto experiencial

Nossas comunidades devem ser lugares não apenas para receber aulas teóricas ou históricas sobre o carisma carmelitano, mas lugares de verdadeira prática e vivência desse carisma. Devem ser lugares onde aconteça essa experiência que transforma vidas, que confirma vocações e que nos movem a dar testemunho, a evangelizar, ao apostolado, enfim, à missão. Assim está em nossas Constituições OCDS:

(C, 27). O Carmelita Secular está chamado a viver e testemunhar o carisma do Carmelo Teresiano na Igreja particular, parte do povo de Deus na qual se faz presente e atua a Igreja de Cristo. Cada um procure ser testemunho vivo da presença de Deus e se responsabilize pela necessidade de ajudar a Igreja na pastoral de conjunto, em sua missão evangelizadora, sob a direção do bispo. Por esta razão, cada um tem um apostolado, seja em colaboração com outros na comunidade, seja individualmente.

(C, Epílogo) Como Seculares, filhos e filhas de Teresa de Jesus e João da Cruz, estão chamados a “ser perante o mundo testemunhas da ressurreição e vida do Senhor Jesus e sinal do Deus vivo”, mediante uma vida de oração, de um serviço evangelizador e por meio do testemunho de uma comunidade cristã e carmelitana.

2.5. E que irradie a beleza e a verdade como meta final

Irradiar a beleza e a verdade nada mais é do que um transbordamento de tudo o que foi vivenciado em comunidade. O amor fraterno, o desapego, a humildade, a formação humana e espiritual, a experiência adquirida, tudo isso será utilizado para o anúncio do Evangelho através de um apostolado individual ou comunitário, servindo à Igreja, servindo à Ordem e servindo à humanidade. Essa é a missão do carmelita secular, conforme Constituições OCDS e Estatuto Particular da Província São José da OCDS:

(C, 10). Cristo é o centro da vida e da experiência cristãs. Os membros da Ordem Secular são chamados a viver as exigências de seu seguimento em comunhão com ele, aceitando seus ensinamentos e entregando-se a sua pessoa. Seguir Jesus é participar em sua missão salvífica de proclamar a Boa Nova e de instaurar o Reino de Deus (Mt 4,18-19).

(C, 25). “Os fiéis leigos, precisamente por serem membros da Igreja, têm por vocação e por missão ser anunciadores do evangelho: para essa obra foram habilitados e nela empenhados pelos sacramentos da iniciação cristã e pelos dons do Espírito Santo”. A espiritualidade do Carmelo desperta no Secular o desejo de um compromisso apostólico maior, ao dar-se conta de tudo o que implica sua chamada à Ordem. Consciente da necessidade que tem o mundo do testemunho da presença de Deus, responde ao convite que a Igreja dirige a todas as associações de fiéis seguidores de Cristo, comprometendo-os com a sociedade humana por meio de uma participação ativa nas metas apostólicas de sua missão no horizonte do próprio carisma.

 (C, 26).  A vocação da Ordem Secular é verdadeiramente eclesial. A oração e o apostolado, quando são verdadeiros, são inseparáveis. A observação de Santa Teresa de que o propósito da oração é “o nascimento de boas obras” recorda à Ordem Secular que as graças recebidas sempre devem ter um efeito em quem as recebe. Individualmente ou como comunidade, e sobretudo como membros da Igreja, a atividade apostólica é fruto da oração. Onde seja possível, e em colaboração com os superiores religiosos e com a devida autorização dos encarregados, as comunidades participam do apostolado da Ordem.

(EPPSJ, 17).  Baseado em nossa Santa Madre Teresa, que iluminada pela experiência do mistério da Igreja, quis que a nossa oração, vida fraterna e abnegação evangélica fossem impregnadas de um ideal apostólico, o Carmelita Secular procurará trabalhar em diversos campos a serviço da Igreja com as palavras e com as obras, mais com estas do que com aquelas.

3 - À LUZ DO DOCUMENTO DE APARECIDA


Como devemos ser?


A comunidade teresiana
deve viver seu carisma
no mundo atual



COMUNIDADE

(DA, 156).  A vocação ao discipulado missionário é convocação à comunhão em sua Igreja. Não há discipulado sem comunhão. Diante da tentação, muito presente na cultura atual de ser cristãos sem Igreja e das novas buscas espirituais individualistas, afirmamos que a fé em Jesus Cristo nos chegou através da comunidade eclesial e ela “nos dá uma família, a família universal de Deus na Igreja Católica. A fé nos liberta do isolamento do eu, porque nos conduz à comunhão”.

Deve viver o amor,
a verdadeira humildade
e o desapego total


VIDA FRATERNA

(DA, 158). Igual às primeiras comunidades de cristãos, hoje nos reunimos assiduamente para “escutar o ensinamento dos apóstolos, viver unidos e participar do partir do pão e nas orações” (At 2,42). A comunhão da Igreja se nutre com o Pão da Palavra de Deus e com o Pão do Corpo de Cristo.


Deve ser um lugar
de autêntico crescimento
humano e espiritual


FORMAÇÃO

(DA, 212). Para cumprir sua missão com responsabilidade pessoal, os leigos necessitam de uma sólida formação doutrinal, pastoral, espiritual e um adequado acompanhamento para darem testemunho de Cristo e dos valores do reino no âmbito da vida social, econômica, política e cultural.


Deve ser um lugar
que obtenha fruto
experiencial



TESTEMUNHO

(DA, 159). A Igreja, como “comunidade de amor” é chamada a refletir a glória do amor de Deus que, é comunhão, e assim atrair as pessoas e os povos para Cristo. A Igreja “atrai” quando vive em comunhão, pois os discípulos de Jesus serão reconhecidos se amarem uns aos outros como Ele nos amou (cf. Rm 12,4-13; Jo 13,34).



E que irradie
a beleza e a verdade
como meta final





MISSÃO

(DA, 184). A condição do discípulo brota de Jesus Cristo como de sua fonte pela fé e pelo batismo e cresce na Igreja, comunidade onde todos os seus membros adquirem igual dignidade e participam de diversos ministérios e carismas. Deste modo, realiza-se na Igreja a forma própria e específica de viver a santidade batismal a serviço do Reino de Deus.

(DA, 211). Os leigos também são chamados a participar na ação pastoral da Igreja, primeiro com o testemunho de sua vida e, em segundo lugar, com ações no campo da evangelização, da vida litúrgica e outras formas de apostolado segundo as necessidades locais sob a orientação de seus pastores.

                           Luciano Dídimo






[i] Inspirado no texto “COMO DEVEMOS SER? – COMUNIDADES TERESIANAS PARA A IGREJA E O MUNDO DE HOJE” (Documento Final do Definitório Geral Extraordinário da Ordem dos Carmelitas Descalços, realizado em Ariccia, de 05 a 12 de setembro de 2011)

Nenhum comentário:

Postar um comentário