Recife
– 7 a 10 de Junho de 2012
Tema: “O
broto nascido cresce e expande suas raies.”
Lema:
“Enraizados em Cristo...(CI 2,7) anunciem suas misericórdias (Mc 5,19)”
“A experiência
pessoal da fé no amor ao próximo”
Ao nos depararmos com a virtude teologal da
fé, abri-nos para cada um de nós o questionamento: Estamos agindo
verdadeiramente como discípulos e Missionários de Jesus? Somos sinais visíveis
no mundo de sua luz e de seu amor? É preciso um olhar “enraizado” como o sugere
nosso congresso, no amor e na participação, ativa e efetiva na comunidade, sob
a luz da Palavra de Deus e de sua Santa Igreja: “Os discípulos de Jesus serão
reconhecidos se amarem uns aos outros, como Ele nos amou.”
Praticar o amor ao próximo tornou-se então a
principal tarefa e a mais idêntica forma de exercer o seguimento de Jesus
Cristo. Ser fraterno já é em si uma consequência do amor. “Ama-se aquilo que se
conhece” e conhecer a Jesus, ser discípulo Dele é conhecer o amor. Amor que se
doa que se oferece que acolhe e que ama a ponto de entregar- se ao mais alto
cume da doação. Alcançar o amor de Jesus sem amar ao irmão que está próximo é
de fato um disparate. “Quem ama a Deus que não vê e odeia o próximo que vê é
mentiroso” o próximo será sempre o responsável pela demonstração do amor que
tenho a Deus.
Amar fraternalmente é amar completamente,
e isso só acontece sem exceções, “Ser o amor” é o ápice do cumprimento do
mandamento de Jesus, amar ao ponto de amar como Ele nos amou. Aquilo que fazemos
que exercemos na nossa vida comunitária, requer de cada um de nós um esforço
pessoal, um desapegar-se de si mesmo para ir ao encontro do outro, um
oferecimento de si próprio, deixando muitas vezes de fazer só aquilo que nos
convém. E sobretudo entender as necessidades alheias e respeitar as limitações
de cada um ajudando no que tiver ao nosso alcance para que o irmão seja o
reflexo, um outro Jesus, visível, disfarçado na pessoa do próximo.
É um verdadeiro exercício de crescimento na fé
e na comunhão aquilo que possuímos na convivência com nossas comunidades e
grupos da OCDS. A Caridade unida à fraternidade é a mais rica forma de exercer
na comunidade a comunhão dos discípulos e missionários de Jesus. “É
extremamente importante amar-vos muito umas as outras; porque não há problema
que não seja resolvido com facilidade entre os que se amam.” Percebamos aí a
novidade que Jesus insere na dimensão do amor partilhado, entendido e praticado
por nossa Santa Madre Teresa. Amar fraternalmente tem a força de romper
orgulhos, vaidades, que impedem um cumprimento perfeito daquilo que Jesus veio
instaurar na humanidade. “Quem não ama o próximo não vos ama Senhor meu, pois
vimos demonstrado com tanto sangue o amor tão grande que tendes aos filhos de
Adão.” Para que a nossa oração e o nosso apostolado estejam plenamente ligados
ao amor e a fraternidade, é necessário amar muito o que se faz em benefício
primeiramente do próximo: “O benefício da alma não está em pensar muito, e sim
em amar muito.” Façamos de nossos encontros fraternos esta oportunidade que nos
dá o Senhor de o imitarmos, praticando a luz de sua Santa Palavra e de seu amor
incondicional por cada um de nós, o bem comum, onde realiaremos com amor e
confiança o seu projeto no mundo.
A mensagem de nossa Santa Madre Teresa de
Jesus vem nos inspirar e nos impulsionar a realizar na convivência, o sentido e
o valor do amor mutuo:
“Quem
vos ama de verdade, Bem meu, vai seguro por um caminho amplo e real, longe do
despenhadeiro, estrada na qual ao primeiro tropeço, Vós Senhor, dais a mão, não
se perde, por uma queda e nem mesmo por muitas quem tiver amor a Vós, e não as
coisas do mundo. Quem assim é percorre o vale da humildade.”
Em orações,
Paulo Gauttiele Ribeiro, ocds.
(Coordenador do Grupo São João da Cruz, OCDS de
Ibiapina – Ce)
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